domingo, 15 de janeiro de 2017

Olá escuridão



Por essa floresta africana
Onde o perigo está escondido,
minha velha amiga
quantas vezes eu conversei contigo
para me protegeres, quantas vezes amiga
eu chorei!
Porque no sonho vi o inimigo
rastejando suavemente
Deixando algo enquanto eu estava dormindo
E esses sonhos horríveis foi plantada em meu cérebro
Em sonhos inquietos eu andei desempatado
em sonhos inquietos eu andei desempatado
Por picadas, florestas, cidades africanas, ruas estreitas
e largas de terra batida e alcatrão,
por onde eu andei.
Abandonado eu andei… por onde eu andei
Quando meus olhos foram esfaqueados
Pela luz nua eu vi!
Isso dividiu a minha mente da noite
E o clarinete tocou o som do silêncio
E na luz nua eu vi
pessoas, falando sem sons
Eu ouvia pessoas sem escutar
Eu em sonho de baixo duma lanterna
Escrevi este poema, faço deles uma canção.
Eu canto e ninguém ouve, ninguém escuta
A escuridão me disse são surdos e cegos
é como um câncer cresce
Ninguém ouve as minhas palavras.
minha velha amiga!
Dá-me a tua mão para poder te alcançar
Para que as minhas palavras caiem como pingos de orvalho
Sobre as multidões,
Pela manha a multidão estava branca
E as pessoas se curvaram e oraram
E o sinal disse
São palavras de iniciados
São escritas nas estrelas
E sua constelação
E sussurrou no som do silêncio
Carlos Marques de Pombal
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