terça-feira, 5 de novembro de 2013

Fizemos o melhor que podíamos



No quartelamento em Angola tive uma visão: O filme corria e eu via mulher gravidas desventradas vida que não chegou a nascer. Meus olhos estavam abertos análoga-dos na escuridão da noite e, de repente, nessa escuridão, senti uma tristeza tão forte foi como um relâmpago forte que estoirou meu coração.

Fetos que não chegaram a nascer, senti uma crueldade meus olhos choram de compaixão; não chego a compreender como os homens são capazes de fazerem actos selvagens… Mercenários estrangeiros vindos do outro lado da fronteira.
Meu olhar, não se esquece, que eu estava ali naquele lugar inquirir as perguntas e respostas e a responder, sem aquecer meu coração, o filme corre e passa na sala interior do meu ser. Foi como um soco nos olhos que se fechavam em pranto e de dor e eu sem poder fazer nada.
Mães nascem. Enquanto houver alguém que precise delas, mas não agora nesta amargura que cobre toda a face da terra.
Mães nascem sem sonharem o que vem lá para o seu futuro, numa maneira geral. Uma amargura que cobre toda a face da terra.
Mulher que sentiam dentro delas, existia um rebento, do seu grande amor e no dia final tudo acabou, mães e filhos assassinados…
Quem faz os conflitos só mesmo os homens gananciosos, donos do petróleo e dos diamantes, de forma desequilibrada. Hoje tive vontade de vingar-me as curvas da alma e o Deus dentro de mim mandando-me olhar para um espelho, e se eu tivesse poder para vingar estas mulheres certamente eu não seria melhor do que eles.
Muitas vezes pergunto a mim mesmo sussurrando porquê mãe que me trouxesses a este mundo, porque me trouxeste, porquê? Pois eu não queria ter nascido, neste mundo cruel.
Os homens de grande poder motivam e enchem os ouvidos dos seus soldadinhos de chumbo slows nacionalistas propagado ódio, vejo neles animais irracionais.  

Assim, o poderoso instinto de feras ferozes triunfa sobre o raciocínio primitivo destes homens seus escravos. Não sei o que podemos fazer para modificar uma situação que escorre de dentro de muitos seres humanos arrasados pela Ganancia de poder e quererem manipular e controlar o seu semelhante, vaidade e poder. Mas, hoje, eu senti na pele, através deste filme que corre no interior do ser que foi realmente deixando alguma história importante horrorosa para a humanidade.

Todavia, algo sucede, nossas mães deixa de sentir a presença de seus filhos. Porque eles partiram para defender o património dos outros. Suas palavras cordialmente desesperadas, fundem-na num pesadelo: Lágrimas se derramam?!
Mesmo lá no fundo do seu a mago parece-lhe escutar a voz do seu filho: Porquê que tenho que ir mãe para longe de ti? Qual é a finalidade? No meu universo perdido, que todos chamas “Guerra”, no mosso mundo a finalidade é tão só morrer: a vida não é uma condenação à morte. Os poderosos é que nos condenam. E eu não vejo porquê que tenho que ir para o outro lado do mar muitos não vão regressar aos seus lares?
Meu filho tu, estás morto e talvez morra eu também. Mas não importa, filho, porque a vida nunca morre?

Amanhã, penetramos na floresta e teremos dificuldades, escorregaremos nas pedras lodosas dos rios africanos, estaremos cansados de vasculhar o ambiente. Por vezes passamos por sítios que parecem um paraíso e dá-me a vontade de pintar o panorama ou que tente reproduzir tudo que vejo nesse momento no papel, nessa vida, nesse contínuo lutando por mim e pelos os meus companheiros em códigos, funções da metalinguagem que sangra a mão dum poeta que tenta segurar o momento na sua mente um poema surrealista dentro da minha alma.
 Lembro-me da força do nosso espírito: É o combate que engrandece os maiores; 
Nunca triunfarás verdadeiramente sobre nós, mesmo que me ofereça teu corpo nu.
Luto com os meus companheiros até ao derradeiro alvo, por caminhos que nos oferta, ó dor,

Tiraste-nos o lugar da felicidade e do prazer, a verdadeira grandeza, Vem lutar comigo, nesta terra num corpo a corpo, Vem lutar comigo, na vida e na morte
Mergulha comigo no fundo do abismo, mergulha no mais profundo abismo da vida comigo, e fica lá porque vamos vencer e vamos recuperar os nossos sonhos e o amor que tu, roubastes; Levamos para longe o que merecemos um infindo esforço amor e felicidade. Triunfaremos verdadeiramente sobre a dor e a morte mesmo que nos ofereçam vossos corpos nus.
Talvez aqui vamos  envelhecer rápido demais. Mas lutaremos para que cada dia tenha valido a pena. Sabemos que neste denso mato sofreremos  inúmeras desilusões no decorrer desta vida de soldado. Mas faremos que ela percam a importância diante dos gestos de amor que encontraremos por esses caminhos.

Mesmo que não tenhamos forças para realizar todos os nossos ideais. Mas jamais iremos, nos considerar derrotados. Mesmo que soframos uma terrível queda. Somos tropas de intervenção mas não ficáramos por muito tempo olhando para o chão! O sol vai brilhar um dia para nós.
Mesmo que nos deprima por não ser capazes de saber a letra daquela música da Felicidade.

Mas ficaremos mesmo muito felizes com as outras capacidades que possuímos.
Vamos nos alegrar com as pequenas conquistas; e a vontade de abandonar todas as nossas más companhias. Mas ao invés de fugir, iramos, correr atrás daquilo que nos pertence. Talvez não somos, exactamente, quem gostaria de sermos. Mas passaremos a admirar o que somos.
Ainda não chegou o fim! Porque no final não haverá nenhum ""FRAQUEZA" e sim a certeza de que a nossa vida valeu pena e fizemos o melhor que podíamos
MDP