sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Somos veterano de guerra esquecido em algures do País


Diante do trono de Deus argumento-me como veteranos de guerra esquecidos em algures do País exposto ao sol, no pensamento escalando as montanhas dos nossos sonhos, como se nunca fosse dar de cara com o nosso semblante. Onde foi que nós erramos para que o governo português nos abandonasse assim, onde foi que o povo se esqueceu de tudo que aprendeu. Onde foi que trocaram amor pelo ódio mortal, matas incendiada destruído o oxigénio que nós respiramos. Onde, foi que nossa natureza maléfica corre em fúria pelo rio abaixo e nunca mais parou de galgar a terra. Deletaram memórias preciosas que em outro tempo faziam justiça. Olho ruas, casas, carros e nem vejo mais pessoas, as ruas e jardins públicos floridos pela alegria livre de viver permutou-se superfícies que engolem as lojas tradicionais. O comércio livre das grades e portões eletrônicos. A distância entre as pessoas é enorme pela desconfiança, cordas invisíveis que dominam o povo muros e arame farpado que dividem terrenos, de posse e vaidade, leio e penso em ruas povoadas por humanos e não por autómatos.