domingo, 29 de janeiro de 2017

O Lançamento é passado, mas o livro está há venda

INTRODUÇÃO DO AUTOR

Nasci e morei na freguesia de Ajuda, a 100 metros do Palácio de Ajuda, em Lisboa. Lembro-me do Miradouro dos Montes Claros, de onde se avista uma grande parte do Rio Tejo, Almada, o Barreiro, até à Ponte 25 de Abril. Adorava o Tejo e os meus passeios à beira-mar, que, apesar de traiçoeiro é belo e meigo. Amo o mar! Simboliza a liberdade… onde não existem muros, vedações ou fronteiras, talvez por estar longe das massas quotidianas.
Em casa, a nossa maior riqueza eram os livros do meu pai. Lia e escrevia poesia, que depois ficava esquecida nas gavetas. Recordo-me, particularmente, que se dedicava à história do cinema. Talvez, por isso, eu seja um produto do passado. Sou aquilo que sou!
Aqui, reflito sobre a história de um miúdo Lisboeta, desde a infância até ao ingresso no Exército português. Aqui, conto as torturas, por vezes físicas, por vezes psicológicas… da família…da sociedade.


A Obra

Este livro, onde conto a minha história de vida, encontra-se cronologicamente dividido em cinco períodos.
O primeiro decorre entre meados de Agosto de 1941 até 19 de Maio de 1942 (fim do período de gravidez da minha mãe).
O segundo, desde o primeiro dia em que vi a luz do mundo, em 1942, até Outubro de 1949, altura em que fui matriculado na Escola Primária do Alto de Ajuda.
O terceiro período decorre desde 1954, quando eu tinha 12 anos de idade, altura em que iniciei esta narrativa, que, na verdade, é o meu diário sem datas, porque, para mim nessa altura, não existia o tempo, nem o espaço, além disso, nem todos os dias escrevia. Escondia este diário, num buraco na cave na casa onde vivia, e nem tinha a verdadeira noção das coisas. Mais tarde foi guardado dentro da gaveta, e só 30 anos depois é que voltou a ver a luz do dia.
O quarto período tem início em 1960, altura em que me alistei, como voluntário, no Exército Português. Posteriormente, ingressei nas Forças Armadas para fazer carreira, contudo o futuro levou-me a Angola, onde dei continuidade a este diário.
O quinto e último período decorre na Alemanha, onde oficialmente resido.
 
http://www.clog6.com/Padroeira.html

sábado, 28 de janeiro de 2017

Batalhão de Caçadores Especiais 357, Angola 1962


Tropas de Intervenção


Caro Camarada Apreciei e aprecio, este teu trabalho digno, meritório e aberto a Histórias e á História. Lamento-me que as colaborações dos demais Camaradas, em especial os da CCE 307, não se manifestem, pelo menos comentando. Afinal foram parcelas das suas Vidas e dos seus viveres que ficaram nas Terras de Angola. De lá (Angola) não posso dizer nada. Ficaram-me dois anos de vida na Guiné... Parabéns pelo Espaço. Haja Camaradagem e partilhas de vivências. Abraços... também aos ausentes daqui. Santos Oliveira em Os objectivos deste Blog são...

domingo, 15 de janeiro de 2017

EU TE AMO

Eu te amo
Não te vás embora!
Não posso suportar
A nossa separação
Eu te amo!
Minha vida
Será amargurada
Tua ausência
partira o meu coração
Porque sei
Que eu ainda te amo
 Desculpa!
Os grandes senhores
Plantaram no meu cérebro
A agonia da guerra…
Não te vás embora!
Porquê meu amor!
Eu não quero ser assim!
Desta nossa desventura
Não te vás embora!
Porque eu te amo
 Não me abandones por favor
Pois sem a tua presencia
eu vou endoidecer
Porquê tanta dor, porquê!
A causas da guerra dá cabo do amor.
Sei que existem muitas mulheres
Só a ti é que eu amo
Dá-me a mão com muito amor
Vamos começar
Um amor mais puro...
A guerra o ciúme
Não são prisões eternas,
Tudo têm uma saída
Eu te amo
Letra > Carlos Marques de Pombal
Copyright "©"


 

Olá escuridão



Por essa floresta africana
Onde o perigo está escondido,
minha velha amiga
quantas vezes eu conversei contigo
para me protegeres, quantas vezes amiga
eu chorei!
Porque no sonho vi o inimigo
rastejando suavemente
Deixando algo enquanto eu estava dormindo
E esses sonhos horríveis foi plantada em meu cérebro
Em sonhos inquietos eu andei desempatado
em sonhos inquietos eu andei desempatado
Por picadas, florestas, cidades africanas, ruas estreitas
e largas de terra batida e alcatrão,
por onde eu andei.
Abandonado eu andei… por onde eu andei
Quando meus olhos foram esfaqueados
Pela luz nua eu vi!
Isso dividiu a minha mente da noite
E o clarinete tocou o som do silêncio
E na luz nua eu vi
pessoas, falando sem sons
Eu ouvia pessoas sem escutar
Eu em sonho de baixo duma lanterna
Escrevi este poema, faço deles uma canção.
Eu canto e ninguém ouve, ninguém escuta
A escuridão me disse são surdos e cegos
é como um câncer cresce
Ninguém ouve as minhas palavras.
minha velha amiga!
Dá-me a tua mão para poder te alcançar
Para que as minhas palavras caiem como pingos de orvalho
Sobre as multidões,
Pela manha a multidão estava branca
E as pessoas se curvaram e oraram
E o sinal disse
São palavras de iniciados
São escritas nas estrelas
E sua constelação
E sussurrou no som do silêncio
Carlos Marques de Pombal
Copyright "©"