Diante do
trono de Deus argumento-me como veteranos de guerra esquecidos em algures do
País exposto ao sol, no pensamento escalando as montanhas dos nossos sonhos,
como se nunca fosse dar de cara com o nosso semblante. Onde foi que nós erramos
para que o governo português nos abandonasse assim, onde foi que o povo se
esqueceu de tudo que aprendeu. Onde foi que trocaram amor pelo ódio mortal,
matas incendiada destruído o oxigénio que nós respiramos. Onde, foi que nossa
natureza maléfica corre em fúria pelo rio abaixo e nunca mais parou de galgar a
terra. Deletaram memórias preciosas que em outro tempo faziam justiça. Olho
ruas, casas, carros e nem vejo mais pessoas, as ruas e jardins públicos
floridos pela alegria livre de viver permutou-se superfícies que engolem as lojas
tradicionais. O comércio livre das grades e portões eletrônicos. A distância
entre as pessoas é enorme pela desconfiança, cordas invisíveis que dominam o
povo muros e arame farpado que dividem terrenos, de posse e vaidade, leio e
penso em ruas povoadas por humanos e não por autómatos.
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